Chamarra do Chapéu Torto

Joca Martins

Compositor: Anomar Danubio Vieira / Juliano Gomes

Levo uma fita vermelha na cabeçada do freio
Que é pra espantar o mau olhado e me livrar de um tombo feio
Quem vive sobre os arreios entende bem do que falo
Que, tendo fé e bom cavalo, se bandeia arroio cheio

Eu sou do fundo de campo, minha garantia é minhas garra
E a santa que me protege na lida bruta e nas farra'
Quando pego na guitarra, sou querência em melodia
E a raça das sesmarias que, no improviso, se agarra

Sou índio do chapéu torto, lanhado a unha de gato
E, se me faço de morto, é pra ganhar um vale-quatro
Nas espora' me relato fazendo um tin-rin-tin-tin
E quando digo: É bem assim! É assim mesmo, de fato

Sou índio do chapéu torto, lanhado a unha de gato
E, se me faço de morto, é pra ganhar um vale-quatro
Nas espora' me relato fazendo um tin-rin-tin-tin
E quando digo: É bem assim! É assim mesmo, de fato

O homem, quando valente, mostra no brilho do olho
Quanto mais a chapa é quente, daí que eu menos me encolho
E, quando tranca o ferrolho e a lamparina se apaga
Vou pra de traz da minha adaga e boto tempero no molho

Coisa que eu muito admiro, porém, não se facilita
China faceira e bonita, dessas que arrancam suspiro
De um jeito ou d’outro, me viro, se um maula roda na poeira
Tenho alma de fronteira, é aí que eu me refiro

Sou índio do chapéu torto, lanhado a unha de gato
E, se me faço de morto, é pra ganhar um vale-quatro
Nas espora' me relato fazendo um tin-rin-tin-tin
E quando digo: É bem assim! É assim mesmo, de fato

Sou índio do chapéu torto, lanhado a unha de gato
E, se me faço de morto, é pra ganhar um vale-quatro
Nas espora' me relato fazendo um tin-rin-tin-tin
E quando digo: É bem assim! É assim mesmo, de fato

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